Startups na mineração: conheça algumas criadas no Brasil.
Apesar do cenário de investimento em startups ter mudado bastante no ano de 2022 em relação a 2020 e principalmente 2021, ainda assim existem soluções que estão crescendo e se tornando cada vez mais robustas em vários setores existindo também cada vez mais startups na mineração.
Nesse conteúdo você vai poder conhecer algumas empresas que querem revolucionar parte desse setor no Brasil e que são soluções que pretendem trazer processos inovadores e mais eficientes para solucionar desafios da mineração. Para saber mais, leia até o final!
Mining Hub e seu papel com as startups na mineração
O Mining Hub é o primeiro hub de inovação aberto no setor de mineração do mundo, sediado em Belo Horizonte. Ele busca soluções para desafios comuns do setor, integrando mineradoras, fornecedores, startups, pesquisadores e investidores, com o objetivo de conectá-los e gerar oportunidades para toda essa cadeia.
Entre as mineradoras associada a esse hub que conecta startups na mineração e outras empresas deste ecossistema estão:
- Alcoa;
- AngloAmerican;
- AngloGoldAshanti;
- Aura;
- BAMIN;
- Nexa;
- BEMISA;
- KINROSS;
- Vale;
- Gerdau;
- entre outras.
Além de fornecedores como Ernest Young, Hexagon, Accenture, Sotreq e outras empresas renomadas no setor Segundo o site do Mining Hub, 45 startups já passaram pelo programa M-Start, que tem como foco desenvolver soluções para os desafios comuns selecionados pelas mineradoras associadas através de Provas de Conceito (POC), algumas fazendo parte de mais de um dos ciclos desse programa e outras apenas de um dele.
Enquanto isso, 28 startups passaram pelo M-Spot, que é um programa customizado para solucionar desafios exclusivos das mineradoras e fornecedores associados. Além de Minas Gerais, existe um projeto em discussão do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) e da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa) para que o Mining Hub tenha tenha uma sede em Belém, capital do estado.
Startups na mineração
Conheça algumas startups brasileiras que atuam no mercado de mineração:
Minery
Uma das startups brasileiras que já recebeu um aporte liderado pela venture builder Happy Capital é a Minery, que foi criada em 2019 com o objetivo de interligar compradores e mineradoras e para certificar empreendedores que sigam boas práticas na extração.
Um dos principais objetivos da empresa está em atuar no escoamento dos micro, pequenos e médios mineradores, com o objetivo de agregar valor na produção e fazer eles possuírem uma maior abrangência nacional e internacional. A empresa atua como um marketplace onde, após a certificação realizada para avaliar como a mineração é executada com visitas presenciais, ela é aprovada e certificada e pode negociar com clientes no Brasil e no mundo.
Além disso, vale ressaltar que a empresa possui Selo Verde e faz parte do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU).
Fractal Engenharia
A Fractial Engenharia recebeu um aporte da EDP Ventures Brasil, veículo de investimento de venture capital do Grupo EDP e o Criatec 3, gerido pela INSEED Investimentos de R$ 4,5 milhões. A empresa desenvolve soluções destinadas à previsão de eventos hidrológicos e sistemas inteligentes para auxiliar no gerenciamento de barragens, automatizando esses processos e aumentando o nível de segurança deles.
Através de sua tecnologia proprietária que utiliza machine learning e big data ela consegue assimilar dados de diversas fontes meteorológicas, estações que medem as chuvas e níveis dos rios e sensores de acompanhamentos das usinas. A Usina de Lajeado, que utiliza o sistema da empresa foi considerada a melhor do Brasil com nota 100 em Segurança e Meio-Ambiente.
Gauss Fleet
A Gauss Fleet é uma plataforma de gestão de máquinas móveis que possui como clientes siderúrgicas e mineradoras. Através de IoT (Internet of Things), telemetria avançada e geoprocessamento ela faz a gestão de máquinas pesadas dentro de minas, permitindo que as siderúrgicas e mineradoras possam automatizar a medição dos veículos contratados.
DSafeTech
A startup catarinense recebeu um aporte anjo de R$ 950 mil reais da Fonntes Geotécnica, ela foi fundada em 2018 e seu objetivo é entregar informações em tempo real para técnicos e engenheiros responsáveis pelas barragens, agilizando o processo de decisão.
Cenário futuro das startups na mineração
Além desses quatro exemplos citados acima, existem vários outros que já existem e ainda mais empresas devem surgir e ganhar mais visibilidade nos próximos meses e anos, pois a Vale lançou um braço de capital de risco para investir R$ 500 milhões de reais em startups com iniciativas de mineração sustentável. Além dela, várias outras mineradoras que atuam no Brasil estão olhando para as startups, tanto na parte de contratação de soluções quanto no investimento direto nessas empresas.
Para saber mais sobre mineração, geofísica e geologia, continue lendo outros conteúdos no nosso blog.
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