Radar de penetração do solo: saiba como funciona
O radar de penetração do solo, chamado em inglês de Ground Penetration Radar (GPR), mas também conhecido como georadar é um método de investigação geofísica não destrutivo.
Ele utiliza ondas eletromagnéticas de alta frequência com o objetivo de identificar diferenças litológicas superficiais, cavidades, objetos, estruturas enterradas e outros materiais que estão em subsuperfície.
A utilização do radar de penetração do solo acontece através de um equipamento que possui uma antena dipolar, uma unidade de processamento e que possibilita acompanhamento dos dados em tempo real. A depender do projeto diferentes antenas e equipamentos podem ser utilizados, de acordo com o detalhamento e a profundidade requeridos.
Se você quiser saber tudo sobre este método, leia o conteúdo até o final!
Como funciona o radar de penetração do solo?
Para aplicar o método do radar de penetração do solo, são emitidos pequenos pulsos elétricos de alta frequência (entre 10 e 2500Mhz) que garantem grande resolução através da antena transmissora.
Esse sinal, é transmitido para o solo, que de acordo com as diferentes estruturas vai refletir parte da onda eletromagnética. O sinal refletido é captado por uma antena receptora e as informações são transmitidas para a unidade de armazenamento, e de lá serão interpretadas.
Esta técnica se baseia no fenômeno de propagação de ondas eletromagnéticas, regidas segundo as equações de Maxwell aplicadas a meios eletromagnéticos que descrevem os métodos eletromagnéticos indutivos, ocasionados por um campo elétrico no vácuo.
Características
O radar de penetração do solo tem algumas características diferentes de outros métodos geofísicos, como diferentes tipos de antenas transmissoras que vão impactar nas propriedades elétricas de penetração e resolução e no sinal de radar que o aparelho vai transmitir.
Algumas das frequências mais comuns são as de 50mhz, 100mhz e 200mhz. Essas frequências variam principalmente de acordo com o objetivo do estudo e a localização da área (geologia) que pretende ser investigada.
A qualidade da imagem gerada pode variar em virtude dos pulsos refletidos, refratados e difratados, que são dependentes das propriedades elétricas do material investigado e da interação deste com o meio onde está sendo aplicado.
Suas vantagens são:
- Rapidez e baixo custo nos levantamentos, se comparado a sondagens e/ou escavações, que geralmente são estudos pontuais;
- Possui resultados rápidos e de alta resolução.
Suas desvantagens são:
- É necessário o conhecimento das condições geológica;
- Em algumas situações exige o conhecimento da profundidade do objeto a detetar para calibração prévia do equipamento.
Principais utilizações do radar de penetração do solo
Abaixo, você pode conferir algumas das principais utilizações do radar de penetração do solo:
- Na geofísica aplicada a engenharia para realizar o mapeamento de interferências subterrâneas, como tubulações, o que é importante tanto para a indústria do petróleo e gás quanto para as concessionárias que administram sistemas de distribuição de água potável;
- na geotecnia, como parâmetro comparativo de técnicas já consolidadas com o SPT (Standard Penetration Test), no estudo de cavidades e no estudo de escorregamento de taludes;
- na geologia e na arqueologia, esta técnica já está estabelecida no processo investigativo de prospecção mineral e de água subterrânea, determinação da estrutura de solo sobre embasamento rochoso e identificação de estruturas arqueológicas. (Da Silva Cesar, 2001).
- Ele também pode ser aplicado em várias outras áreas e estudos.
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