Modelagem Geológica 3D

A modelagem geológica 3d é uma representação em softwares das rochas, das suas estruturas e de diferentes tipos de dados auxiliares adquiridos em campo pelos geólogos.

Estes dados podem ser de diversas fontes, alguns exemplos são:

• Dados relacionados a teores de minérios, como, dados geoquímicos de furos de sondagem.
• Dados de levantamentos geofísicos realizados para a prospecção de minerais metálicos
• Dados de falhas que foram identificadas e medidas em campo.

Com a base de dados corretamente inserida dentro do software e utilizando o modelo correto para interpretar e modelar os estratos rochosos e essas informações, podem ser gerados diversos resultados diferentes como:

1. Onde está localizado o recurso mineral (minério);
2. Quais são os limites deste corpo;
3. Sua qualidade (teor)e quantidade (volume);
4. A natureza do ambiente que se encontra este recurso mineral.

Estas informações vão auxiliar o empreendedor a entender se há viabilidade econômica naquele empreendimento e caso ele decida extrair minério, em quais locais ele deve começar sua extração e até que profundidade ele deve extrair aquele determinado minério.

É importante ressaltar que a modelagem é uma etapa posterior a outros tipos de trabalho, pois, é importante a obtenção de diferentes dados para que ela possa ser realizada de uma maneira eficiente. Alguns exemplos de trabalhos anteriores que podem servir de subsidio para esse procedimento são:

• Mapeamento geológico: Para identificar se e onde há ocorrência de mineralizações/minérios na área, medir falhas e mapear a geologia local.
• Mapeamento de trincheiras: Para identificar a extensão e profundidade no caso de minérios supergênicos ou de minérios que geralmente ocorrem em baixa profundidade.
• Ensaios geofísicos: Para identificar anomalias na região, podendo indicar os pontos para se executar a sondagem.
• Sondagem rotativa: Para identificar em que profundidades há ocorrência do minério, descrever os litotipos e recolher amostras para análise geoquímica do teor do mesmo.

Não necessariamente todos esses trabalhos precisam ser realizados. Porém, quanto mais informações, melhores e mais confiáveis serão os dados obtidos. Com informações relevantes e precisas, o modelo gerado será o mais similar com a realidade.

A imagem abaixo foi construída a partir de dados de furos de sondagem e da topografia da região. Com estes dados e conhecendo a geologia local da área, pode-se definir um modelo geológico.

O modelo está representando duas camadas litológicas diferentes, uma em azul e outra em verde, além de um sistema de veios que se intercruzam. Com estes dados, caso o minério pesquisado pelo empreendedor esteja concentrado nestes veios, ele tem uma melhor noção de onde elas estão localizadas, quais suas profundidades e o local onde ele deve focar sua a investigação na sua pesquisa mineral.

Portanto, notam-se diversos benefícios após a realização do modelamento geológico, alguns exemplos neste caso são a redução de custos, a otimização de tempo e a delimitação de uma superfície de interesse na região para prospecção mineral.

Além disso, é possível fazer integração de outros dados, como dados geofísicos, afim de visualizar espacialmente as propriedades da subsuperfície e facilitar a interpretação dos resultados.

A modelagem geológica é vital na pesquisa mineral, para que se possa ter uma noção melhor e estimar os parâmetros listados acima e assim compreender mais sobre o minério que pretende ser extraído.

Além disso, este é um processo continuo e pode ser utilizado enquanto a mina estiver em atividade, auxiliando nos principais pontos que podem ser extraídos, no planejamento de lavra a curto e longo prazo e possibilitando indicar outros locais em que existe minério, indicando também regiões onde o minério pode apresentar maior teor, caso tenha sido realizada uma análise química.