Intemperismo e formação do solo: saiba mais sobre!
O intemperismo pode ser definido como o conjunto de modificações físicas e químicas que ocorrem nas rochas ao serem expostas a superfície terrestre. Ao sofrer esse processo ao longo do tempo, as rochas vão se alterando e algumas partes delas se desagregam, a partir disso ocorre a formação do solo.
A pedogênese ou formação do solo ocorre quando o intemperismo na rocha se torna estrutural, levando ela a uma nova organização e fazendo com que os minerais formadores de solo sejam gerados, alguns dos mais comuns são os argilominerais e oxi-hidróxidos de ferro e de alumínio. Se você quer saber mais sobre o intemperismo e a formação do solo, leia este conteúdo até o final!
Fatores que controlam a ação do intemperismo
- Clima: relacionado a distribuição das chuvas, a umidade e a variação de temperatura.
- Relevo: relacionado a infiltração e drenagem das águas pluviais
- Biota: relacionada a maior ou menos presença de matéria orgânica para que certas reações químicas ocorram
- Rocha mãe: de acordo com os minerais e suas características vai atuar de maneira diferente em relação aos processos de intemperismo
- Tempo de exposição da rocha aos agentes intempéricos
Intemperismo físico e intemperismo químico
O intemperismo físico ocorre quando ocorrem processos físicos que causam desagregação das rochas e a transformam em um material descontínuo e friável. Ele está relacionado as variações de temperatura que vão causar expansão e contração térmica das rochas fazendo com que certos minerais se fragmentem.
Outra forma dele ocorrer é a partir de processos geológicos, quando as partes mais profundas das rochas ascendem a níveis mais superficiais. Esse alívio de pressão vai gerar a expansão dos corpos rochosos e causar fraturas na superfície deles.
O principal agente do intemperismo químico é a água da chuva, que vai infiltrar e percolar as rochas que estão expostas na superfície. Devido a sua interação com o CO2 presente na atmosfera terrestre, a água vai apresentar caráter ácido.
Existem algumas definições que são importantes em relação a este tema, entre elas estão:
- Fase solúvel: que são os materiais solúveis das rochas intemperizadas que serão transportados pelas águas.
- Fase residual: que é o material restante da alteração, este, torna-se rico em componentes menos solúveis. Esta fase apresenta os minerais residuais que resistiram ao processo e os minerais secundários que se formaram durante ele.
- Minerais neoformados: resultam da precipitação de substâncias dissolvidas nas águas que percolam as rochas.
Formação do solo
A formação do solo se dá a partir dos diversos processos já comentados anteriormente, como vários fatores influem neste processo, diferentes solos podem se formar, podendo eles ser:
- argilosos, arenosos, argilo-arenosos ou areno-argilosos;
- vermelhos, amarelos ou esbranquiçados, podendo variar entre essas cores;
- ricos ou pobres em matéria orgânica;
- espessos ou rasos;
- homogêneos ou diferenciados em relação aos seus horizontes.
No Brasil, existem 13 classes de solos contidas no Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS), contudo, predominam os Latossolos, Argissolos e Neossolos, que no conjunto se distribuem em aproximadamente 70% do território nacional.
As classes Latossolos e Argissolos ocupam aproximadamente 58% da área e são solos profundos, altamente intemperizados, ácidos, de baixa fertilidade natural e, em certos casos, com alta saturação por alumínio. Também ocorrem solos de média a alta fertilidade, em geral pouco profundos em decorrência de seu baixo grau de intemperismo. Estes se enquadram principalmente nas classes dos Neossolos, Luvissolos, Planossolos, Nitossolos, Chernossolos e Cambissolos.
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