Depósitos Hidrotermais: Entenda mais sobre.
Os depósitos hidrotermais ocorrem em ambientes geológicos diversificados e possuem distintas variações mineralógicas, devido origem através de processos geológicos complexos. Sua definição é feita porque todos são originados por fluidos aquosos quentes.
Esses fluidos percorrem um determinado caminho no interior da crosta terrestre e geram diversas mineralizações a partir da solução original, que pode ser muito ou pouco modificada (Skinner, 1997).
Segundo o mesmo autor, o campo de minérios gerados por esse tipo de depósito é limitado, mostrando que eles possuem uma consistência química, notada principalmente pela concentração de sulfetos. Ao longo deste conteúdo vamos mostrar alguns dos principais depósitos hidrotermais, se você quer saber mais sobre eles, leia este conteúdo a até o fim!
Classificação dos depósitos hidrotermais
De uma maneira geral, os depósitos hidrotermais podem ser classificados em
- Singenéticos, formados ao mesmo tempo que as rochas hospedeiras;
- Epigenéticos, quando o minério é depositado após a formação das rochas hospedeiras ou após outros eventos mineralizantes.
Com isso, uma série de diferentes depósitos minerais podem ser gerados a partir de alterações hidrotermais. Segundo Bongiolo (2005), estas são controladas por diversos fatores, como:
- Composição dos fluidos em circulação;
- Temperatura e pressão do meio;
- Química da rocha encaixante;
- Razão fluido/rocha;
- Tempo.
Abaixo segue uma tabela com cada depósito, realizada por Bongiolo (2005):
Depósito do tipo pórfiro
Os depósitos do tipo pórfiro possuem em função da composição de suas rochas encaixantes, espaço e tempo, sendo diversos em relação a suas características individuais e podendo conter milhões ou bilhões de toneladas de minério.
Alguns dos principais minérios extraídos desse tipo de depósito são de minério de cobre, ouro e molibdênio. Segundo Bongiolo, 2005, esses depósitos possuem as seguintes características:
- Presença de veios e vênulas, formando stockworks, nos quais sulfetos disseminados de Fe, Cu, Mo, Pb e Zn além de Au nativo e outros minerais podem ocorrer;
- Mineralização espacial e geneticamente associada a corpos intrusivos com textura porfirítica;
- Grandes volumes de rocha afetados por alteração ou mineralização de origem hidrotermal.
Essa alteração possui uma intensa zonação lateral e vertcal e pode variar de centenas a milhares de metros. Essas alterações podem ser distintas e cada uma possui suas devidas características, entre elas estão:
- Alteração ca-na silicática;
- Alteração potássica;
- Alteração propilítica;
- Alteração argílica intermediária;
- Alteração sericítica;
- Alteração argilica avançada.
Depósitos hidrotermais epitermais
Os depósitos hidrotermais classificados como epitermal estão associados a intrusões encontradas em abientes de arcos vulcânicos subaéreos, tanto continentais, como arcos de ilha (Bongiolo, 2005). Eles são formados em temperaturas menores que 300 graus Celsius, e variam entre profundidades de 1 a 2 quilômetros. Podem apresentar mineralizações de ouro, prata, chumbo, zinco e cobre em quantidades expressivas.
Além disso, eles podem ser classificados em:
- Depósitos epitermais de alta sulfetação;
- Depósitos epitermais de sulfetação intermediária;
- Depósitos epitermais de baixa sulfetação.
Depósito do tipo skarn
Os depósitos hidrotermais do tipo skarn ou escarníticos se formam a partir de fluidos que circulam contato de intrusões ígneas em rochas carboantdas, sua forma varia de acordo com o percurso dos fluidos metassomáticos e pelos contatos entre as rochas silicatadas e carbonatadas (Biondi 2003).
Para gerar depósitos escarníticas de altos teores é necessário grande volume de fluido e grande interação com as rochas carbonáticas. Esses depósitos também possuem diversas classificações e podem gerar mineralizações de ferro, wolframio, scheelita, molibdênio, cassiterita, ouro e outros minérios.
Além destes, existem ainda outros tipos de depósitos hidrotermais e diversas classificações dentro de cada depósito apresentado neste conteúdo, para saber mais, visite nosso blog e confira nossos textos.
Referências
Bongiolo, E.M 2005. Depósitos Hidrotermais em arcos magmáticos e alterações associadas. Porto alegre. 63 p. (Exame de Qualificação, Instituto de Geociências, PPGGeo, Universidade Federal do Rio Grande do Sul).
Super
Gostei porque aprendi bastante.