Tomografia Elétrica
Entenda mais sobre a tomografia elétrica, quais suas principais aplicações e para que serve esse método geofísico.
O que é a tomografia elétrica?
A tomografia elétrica é um tipo de caminhamento elétrico e suas principais diferenças em relação a um caminhamento convencional são devido a mesma ser um método de aquisição automatizado, programável e de alta resolução, pois, ela é realizada com equipamentos de alta tecnologia.
Enquanto o caminhamento elétrico convencional faz algumas medidas, a tomografia pode fazer um número de medidas bastante maior nesse mesmo tempo, pela sua automatização e programação. Por exemplo, em uma hora um equipamento moderno pode chegar a fazer cerca de mil medições.
Para que serve a tomografia elétrica?
A tomografia elétrica tem inúmeras aplicações, entre elas estão a prospecção de água e de minerais metálicos, além da identificação de cavidades, falhas, fraturas e contatos entre duas litologias diferentes, além de estudos ambientais.
Para saber quando utilizar a tomografia elétrica, é necessário identificar qual o tipo de material que será investigado, pois, caso sejam duas litologias que tenham resistividades muito similares, pode acontecer com que o contato das mesmas seja “mascarado” durante a aquisição geofísica.
Portanto, o ideal para a utilização deste método é quando há um contraste de resistividade entre o material que é o objetivo da investigação e as rochas/estruturas ao redor do mesmo (encaixante). Por exemplo, no caso de fraturas, é comum haver uma diminuição na resistividade em relação as rochas ao redor e a depender do valor e da região onde o geólogo está trabalhando, aquele local pode ser um bom local para a prospecção de água.
Já para a prospecção de minerais metálicos, geralmente ocorre uma diminuição da resistividade, pois, estes são condutivos. Além da resistividade também faz-se o uso da polarização induzida para esse tipo de trabalho, este tema será abordado em textos futuros.
Para saber quando utilizar a tomografia elétrica, é necessário identificar qual o tipo de material que será investigado, pois, caso sejam duas litologias que tenham resistividades muito similares, pode acontecer com que o contato das mesmas seja “mascarado” durante a aquisição geofísica.
Portanto, o ideal para a utilização deste método é quando há um contraste de resistividade entre o material que é o objetivo da investigação e as rochas/estruturas ao redor do mesmo (encaixante). Por exemplo, no caso de fraturas, é comum haver uma diminuição na resistividade em relação as rochas ao redor e a depender do valor e da região onde o geólogo está trabalhando, aquele local pode ser um bom local para a prospecção de água.
Já para a prospecção de minerais metálicos, geralmente ocorre uma diminuição da resistividade, pois, estes são condutivos. Além da resistividade também faz-se o uso da polarização induzida para esse tipo de trabalho, este tema será abordado em textos futuros.
Processamento de dados da tomografia elétrica
Após a etapa de campo, inicia-se a rotina de organização e processamento dos dados de acordo com os procedimentos recomendados para cada um dos softwares utilizados, permitindo assim o desenvolvimento de produtos associados às interpretações realizadas.
Em termos de processamento geofísico, inicialmente realiza-se uma análise criteriosa da qualidade dos dados, onde todos os valores negativos e picos anômalos devem ser removidos ou ajustados.
Ao inserir o dado no software adequado, o resultado pode ser mostrado como pseudo-seções, as quais refletem uma representação gráfica como imagem bidimensional da variação da resistividade aparente em subsuperfície. Para se conhecer os valores de resistividade verdadeira realiza-se o procedimento de inversão geofísica, e, para se avaliar o grau de ajuste, utiliza-se o erro médio quadrático (RMS) entre a resposta final e dados brutos (adquiridos em campo).
Aplicações práticas da tomografia elétrica
Tomografia Elétrica na prospecção de manganês
As imagens abaixo demonstram a tomografia elétrica sendo utilizada em um trabalho realizado no estado do Pará para a prospecção de manganês.
Na figura 1 a primeira imagem mostra a resistividade em Ohm.m, a segunda a cargabilidade em msec e na terceira mostra a provável geologia da região, de acordo com a geologia regional e com os parâmetros encontrados.
Na figura 1 a primeira imagem mostra a resistividade em Ohm.m, a segunda a cargabilidade em msec e na terceira mostra a provável geologia da região, de acordo com a geologia regional e com os parâmetros encontrados.
A imagem mostra onde o cliente gostaria de ter aberto a cava anteriormente ao trabalho. Dessa forma, eles retirariam uma pequena parte do minério apenas, comparado ao localizado mais abaixo as profundidades de 20 e 30 metros. Com isso, o cliente pôde otimizar o melhor local para a abertura da cava na região.
Ressalta-se a importância, nesse caso em especifico da topografia, integrar os dados topográficos do terreno com o perfil geofísico torna mais preciso a delimitação dos corpos condutivos e a variação da resistividade naquela determinada área.
Tomografia Elétrica para o monitoramento de barragens
No caso do monitoramento de barragens, a tomografia elétrica atua para investigar a existência ou não de alguma zona de anomalia, que pode identificar a presença de descontinuidades existentes que podem ou não comprometer a estrutura da barragem ao longo do tempo.
A imagem abaixo demonstra a tomografia elétrica sendo utilizada em um trabalho realizado para investigar possíveis descontinuidades presentes em uma barragem onde puderam ser individualizadas 6 camadas diferentes a partir dos valores de resistividade obtidos.
A linha tracejada em preto corresponde ao início da fundação da barragem. A zona anômala pouco condutiva, aconteceu no chamado “efeito de borda” do arranjo dipolo-dipolo, portanto esse dado é pouco confiável, provavelmente este valor não corresponde à realidade.
Portanto, nota-se que existe uma zona condutiva que está localizada abaixo do corpo construído, que pode refletir possíveis zonas de rochas alteradas e/ou descontinuidades saturadas em água, provocando um valor mais condutivo.
Cabe ressaltar que a geofísica se trata de uma ferramenta indireta, portanto, para confirmar essa interpretação, o ideal seria detalhar mais a aquisição nesse determinado local.
Tomografia Elétrica para a prospecção de água subterrânea
A tomografia elétrica pode ser útil para a prospecção de água subterrânea, pois irá investigar quais os pontos de menor resistividade em uma determinada área. No caso de estudo apresentado neste texto, foi realizado um levantamento geofísico na Bacia Potiguar, no município de Tabuleiro do Norte, Ceará.
Como visto no perfil abaixo, o equipamento utilizado e o método se demonstraram eficientes na delimitação de camadas e de fraturas presentes no calcário (Formação Jandaíra) na região.
Imagem com a interpretação das camadas geoelétricas.
Imagem com as possíveis litologias e descontinuidades do local a partir dos valores de eletrorresistividade obtidos.
A tomografia elétrica pode ser útil para a prospecção de água subterrânea, pois irá investigar quais os pontos de menor resistividade em uma determinada área. No caso de estudo apresentado neste texto, foi realizado um levantamento geofísico na Bacia Potiguar, no município de Tabuleiro do Norte, Ceará.
Como visto no perfil abaixo, o equipamento utilizado e o método se demonstraram eficientes na delimitação de camadas e de fraturas presentes no calcário (Formação Jandaíra) na região.
Conclusão
Como visto, a tomografia elétrica realiza a aquisição automatizada, programável e de alta resolução.
Dentre as suas principais vantagens estão a economia de tempo por conta da automatização e programação do equipamento e a alta resolução dos dados adquiridos, desta forma, a tomografia elétrica garante um levantamento geofísico detalhado da região em um tempo menor do que o utilizado para um caminhamento elétrico comum.
Nota-se que este método é utilizado com sucesso nos mais diversos estudos, como, prospecção de minerais metálicos, prospecção de água, identificação de fraturas e falhas, estudos ambientais, identificação de cavidades, entre outros.
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