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Geofísica para barragem: Entenda como funciona
06/04/2020
• Atualizado em 27/07/2024
4 minutos para ler

Geofísica para barragem: Entenda como funciona

A geofísica para barragem destaca-se como uma importante ferramenta que potencializa a prevenção de problemas estruturais, podendo ser adotada tanto na fase de elaboração do projeto, quanto no monitoramento da estrutura já instalada.

O monitoramento de barragens pode ser realizado por meio de inspeções visuais rotineiras e através de instrumentação adequada.

No entanto, apesar de serem extremamente importantes, essas metodologias apresentam algumas limitações.

No primeiro caso, a identificação de estruturas internas, como microfissuras com percolação de água, é praticamente impossível, enquanto no segundo, devido às grandes dimensões das barragens, tais investigações podem ser pouco representativas.

Para uma investigação mais detalhada e segura, algumas metodologias complementares podem ser adotadas e uma delas é a geofísica.

Por que utilizar a geofisica para barragem?

Por se tratarem de métodos não invasivos, as investigações utilizando geofísica para barragem proporcionam uma resposta rápida e com menor custo.

Segundo as bibliografias científicas existentes, os métodos mais de se utilizar geofísica para barragem são: o GPR (em português, Radar de Penetração do Solo ou Georadar), a sísmica de refração e, em especial, os métodos geoelétricos.

Quais são os métodos geofísicos que para barragem?

  • Ground Penatrating Radar (GPR): esse método é bastante utilizado para mapear/identificar estruturas rasas em subsuperfície, ideal para profundidades de até 3 a 20 metros, sendo ideal para localizar anomalias em maciços rochosos que apresentam coberturas de solo;
  • Refração Sísmica: alcançando profundidades de até 50 metros, essa metodologia é recomendada para a fase inicial das obras, visando indicar o topo do corpo rochoso, bem como determinar o nível d’água das ombreiras e fundação da barragem e estruturas anexas;
  • Geoelétricos: a eletrorresistividade e o potencial espontâneo (SP) inserem-se nessa categoria. Entre todas as metodologias geofísicas, tem características peculiares, visto que podem coletar uma grande quantidade de dados, investigando desde profundidades rasas até as mais profundas.

Por meio da eletrorresistividade pode-se identificar o topo do corpo rochoso, a profundidade do nível freático e a presença de descontinuidades em subsuperficie, e se estas estão saturadas ou não em água, por exemplo. Por isso, este é um método muito utilizado na geofísica para barragem.

Já no potencial espontâneo, através da percolação de água em descontinuidades (fraturas e/ou falhas), uma diferença de potencial é gerada provocando anomalias positivas em locais saturados e negativas em locais de pouca saturação. Essa metodologia é ótima para indicar tendências de fluxo da água.

geofísica para barragem

Na fase inicial, a geofísica é primordial em estudos visando identificar o terreno mais adequado para a sua implantação, possibilitando reconhecer estruturas instáveis em subsuperfície, tais como falhas, rochas fraturadas e/ou cársticas. Enquanto na etapa de monitoramento, ela auxilia na detecção de descontinuidades e na verificação do grau de saturação da estrutura.

Automatização na coleta de dados geofísicos: isso é possível?

       É importante citar que o processo de rompimento de barragens, no geral, é gradual, por isso torna-se fundamental um monitoramento constante. Com o avanço da tecnologia e com o auxílio de equipamentos adequados, os dados geofísicos podem ser programados para serem adquiridos de forma automatizada e contínua, proporcionando um novo conjunto de dados diariamente, que com a interpretação de profissionais qualificados e competentes, irão auxiliar na identificação de quaisquer mudanças na estrutura da barragem.

Vale citar que a geofísica aplicada a barragens se trata de uma ferramenta de prevenção e não de restauração e seu uso deve ser complementar as metodologias tradicionais (não uma forma única de monitoramento), sendo utilizada para identificar anomalias, de forma precoce, possibilitando, assim, evitar grandes desastres como os que aconteceram nos últimos anos.

Quer saber mais sobre geofísica para barragem?

Para quem quer se aprofundar sobre geofisica para barragem, desde nomenclaturas básicas até as técnicas de monitoramento, existem inúmeras bibliografias disponíveis de forma gratuita na internet.

Se você estiver precisando monitorar sua barragem e está pensando em utilizar geofísica para isso, entre em contato conosco e entenda porque essa é uma excelente alternativa para garantir a segurança da sua obra.

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