Atualizações sobre o COVID-19 e o setor mineral
Como visto no texto sobre os Impactos do COVID-19 no setor mineral, as principais empresas mineradoras e o Instituto Brasileiro de Mineração estão tomando uma série de medidas para garantir a segurança de seus funcionários e também para fazer com que o setor não pare totalmente as suas atividades.
Ações de apoio a sociedade
As grandes empresas de mineração, como a Vale e a ArcelorMittal divulgaram uma série de investimentos em ações de apoio a sociedade. No caso da Vale, a estimativa é injetar cerca de 932 milhões de reais para ajudar cerca de 3 mil fornecedores em todo o país a passarem pela crise, incluindo também 5 milhões de kits de testes para COVID-19 doados para o Governo Federal.
Já a ArcelorMittal juntamente com o poder público, entidades de classe e outras empresas se integrou a redes colaborativas para ajudar no combate a doença e investiu 18 milhões de reais na ajuda para hospitais, laboratórios e doação de materiais de higiene e insumos hospitalares.
Além disso, o Ministério de Minas e Energias (MME) realizou ao longo das semanas passadas uma série de reuniões com os órgãos e associações de geologia e mineração par alinharem, conhecer e organizar as ações que estão sendo adotadas para superar a crise.
Como a mineração produz insumos para todas as industrias, inclusive a agroindústria, o setor de medicamentos, o setor de geração de energia e também para a fabricação de equipamentos médicos, ela é tratada como atividade essencial para funcionamento da sociedade e não irá parar completamente até então.
Portanto, com as devidas medidas de segurança e as práticas de distanciamento social, higiene e saúde, as minas continuam em operação.
Medidas de Segurança que estão sendo adotadas pelas mineradoras
Além das recomendações e boas práticas de prevenção das organizações de saúde e do governo, as empresas estão adotando medidas como: restrição de acesso ás portarias, preenchimento obrigatório de check list de saúde, instalação de câmeras térmicas, afastamento do empregado por 14 dias se identificado sintomas de gripe, entre outros.
Apesar das medidas de segurança adotadas, a Vale anunciou o primeiro falecimento de um funcionário de seu quadro em Parauapebas (PA) com 42 anos na última sexta-feira. O mesmo estava com suspeitas de COVID-19, maiores confirmações em relação a causa exata da morde ainda não foram publicadas.
Além das medidas supracitadas, outras como suspensão de todas as obras não essenciais, implementação de escala de rodízio, trabalho remoto das atividades administrativas e paralização ou diminuição das atividades de pesquisa são ações que estão sendo comumente implantadas.
Paralisação no Mato Grosso
Após a confirmação da contaminação pelo COVID-19 de um funcionário da NEXA que estava trabalhando em seu novo projeto localizado no município de Aripuanã (MT), a Justiça do Trabalho determinou a suspensão das atividades de mineração e construção na região realizadas pelas empresas Andrade Gutierrez, Votorantim e Construcap na última quinta-feira (09/04).
O propósito dessa liminar foi principalmente por presumir que a atuação dos trabalhadores implicaria na aglomeração de pessoas, sobretudo pelo fato desse empreendimento estar localizado na Serra do Expedito e ser uma mina subterrânea com ventilação limitada.
Além dessas questões, o hospital municipal local encontra-se em condições precárias para o enfrentamento do avanço da doença.
Portanto, para evitar consequências catastróficas no município e no seu entorno, a suspensão das atividades dessas empresas na região da Serra do Expedito deverá perdurar durante o período de estado de emergência de saúde pública ou até que se tomem medidas efetivas de contingenciamento, sob pena de multa de R$ 1 milhão de reais por dia para cada uma das empresas.
A Geoscan irá continuar acompanhando a situação do setor para manter todos os interessados informados.
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