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Ferramentas geotécnicas: quais são indispensáveis no mapeamento geológico?
15/12/2025
• Atualizado em 15/12/2025
4 minutos para ler

Ferramentas geotécnicas: quais são indispensáveis no mapeamento geológico?

Sair para o campo sem as ferramentas certas é praticamente pedir para voltar com dados imprecisos ou até completamente errados.

Todo geólogo que já pisou em terreno acidentado sabe disso. A diferença entre descobrir uma jazida mineral e passar batido por ela muitas vezes está nas ferramentas que carregamos na mochila.

As empresas de exploração jogam fora milhares de reais quando economizam no equipamento básico. Parece contraditório, mas é exatamente isso que acontece.

Os dados ruins significam refazer levantamentos inteiros, voltar aos mesmos pontos meses depois e perder janelas de oportunidade que não voltam mais.

Ferramentas geotécnicas clássicas para nunca esquecer

A bússola Brunton é similar a um canivete suíço do geólogo. Todo mundo que trabalha sério em campo tem uma, e por um bom motivo.

Isto é, além de apontar o norte, ela mede a inclinação de camadas rochosas com precisão de 1 grau.

Os modelos mais novos já trazem o clinômetro embutido, então não precisa ficar carregando mil equipamentos diferentes.

Além disso, o GPS geodésico mudou completamente o jogo nos últimos anos. Antigamente a gente brigava com coordenadas imprecisas e tinha que voltar “mais ou menos” onde estava.

Hoje, os receptores modernos cravam a posição com erro de centímetros quando trabalham em modo diferencial.

Isso significa voltar exatamente no mesmo afloramento seis meses depois sem ficar procurando.

Mais um item indispensável da lista é o altímetro barométrico. Ele parece redundante quando já temos GPS, mas não é.

Os terrenos acidentados confundem o sinal de satélite e a altitude vira uma bagunça. O altímetro resolve isso e ainda ajuda a construir aqueles perfis topográficos que depois viram seções geológicas no relatório.

Dessa forma, o kit básico de navegação inclui:

  • A bússola Brunton com clinômetro
  • O GPS geodésico que funciona embaixo de mata fechada
  • O altímetro barométrico que compensa a variação de temperatura
  • Uma trena laser para quando precisa medir distância rapidamente
  • O transferidor e o escalímetro para trabalhar nos mapas impressos

Ferramentas para coleta e análise de amostras rochosas

O martelo geológico vira uma extensão do braço depois de alguns meses em campo. Os bons têm cabeça de aço temperado que aguenta bater em granito o dia inteiro sem lascar.

Isto é, o peso ideal fica entre 500g e 1kg, mas isso depende muito se vai trabalhar com rocha mole ou dura. Ninguém quer carregar 2kg de martelo subindo o morro se não precisa.

A lupa de mão com aumento de 10x a 20x revela detalhes de textura mineral, granulometria e estruturas microscópicas invisíveis a olho nu.

Para um geólogo experiente, basta ter uma lupa em mãos para identificar a grande maioria das ocorrências, sem que seja necessário enviar uma amostra para o laboratório.

Ainda na mesma linha, há o ácido clorídrico diluído a 10%, que representa o teste mais rápido para identificação de carbonatos.

De forma mais clara, a aplicação de uma gota produz efervescência característica quando há presença de carbonatos.

Além disso, o frasco gotejador de plástico resistente facilita a aplicação controlada e previne vazamentos durante o transporte.

Concluindo, os sacos para armazenamento de amostras devem apresentar alta resistência e impermeabilidade.

Não adianta coletar o material adequadamente se a identificação se perder durante o transporte.

As etiquetas à prova d’água garantem a preservação das informações críticas sobre localização e contexto geológico.

Você pode se interessar pelo assunto: Como funciona o geoprocessamento com drones para mineração no Pará?

Itens para registrar as atividades em campo

Uma caderneta de campo à prova d’água salva a vida mais vezes do que imaginamos. O papel sintético aguenta chuva, lama, café derramado e continua legível.

O formato A5 é o ponto ideal entre ter espaço para desenhar e caber no bolso da calça. Isto é, normalmente, uma caderneta muito grande fica na mochila e muita gente não usa, enquanto uma muito pequena não cabe o desenho direito.

A próxima ferramenta da lista é uma câmera digital boa, capaz de documentar tudo que depois deverá virar figura no relatório.

Quando as fotos já saem georeferenciadas automaticamente, fica muito mais fácil lembrar onde tirou cada uma.

Uma resolução de 12 megapixels para cima já captura os detalhes que precisamos para analisar depois no escritório.

Vale ainda ter em mãos um tablet robusto com o GIS instalado. Ele possibilita digitar os dados direto no campo e elimina aquela fase chata de passar tudo a limpo depois.

Além disso, as telas que funcionam bem no sol forte facilitam a consulta aos mapas base, as imagens de satélite e os dados antigos na hora da coleta.

Diante disso, as principais ferramentas digitais que fazem diferença incluem:

  • O tablet robusto com certificação IP67 que aguenta água e poeira
  • O software GIS móvel que roda sem internet
  • A bateria externa potente para manter tudo funcionando o dia inteiro
  • Os aplicativos especializados para medir estruturas
  • O drone para capturar imagens aéreas de áreas inacessíveis
equipamentos para trabalho de campo

Equipamentos de segurança obrigatórios

Sem sombra de dúvidas, um capacete de segurança é indispensável. Ele protege a cabeça contra a queda de blocos em taludes instáveis ou pedreiras ativas.

O material em ABS ou policarbonato absorve bem os impactos sem rachar. As faixas refletivas aumentam muito a visibilidade em áreas com tráfego de veículos ou onde tem maquinário pesado operando.

Da mesma forma, um colete refletivo, além de identificar os profissionais em campo, também aumenta a segurança em rodovias ou nas áreas de mineração ativas.

Os bolsos adicionais desses coletes acomodam bem as ferramentas pequenas e mantêm as mãos livres para a escalada ou para coletar as amostras.

Ainda sobre segurança, um kit de primeiros socorros adaptado para o campo geológico precisa incluir bandagens, desinfetantes, os medicamentos básicos e muito protetor solar.

Trabalhar nas áreas remotas exige que a equipe tenha uma certa autossuficiência médica até que o socorro especializado consiga chegar.

Por fim, um rádio comunicador funciona exatamente onde o celular não pega nenhum sinal. Quando as equipes ficam distribuídas numa área muito extensa, poder manter o contato constante aumenta tanto a segurança quanto a eficiência operacional.

Um alcance de 5 a 10km já cobre a maioria das situações de mapeamento regional.

Equipamentos para terrenos que exigem mais preparo

Para situações mais adversas, vale contar com itens como a corda de escalada e os equipamentos de rapel, que permitem acessar aqueles afloramentos verticais ou as encostas bem íngremes.

Um geólogo que recebeu treinamento em técnicas alpinistas, por exemplo, consegue alcançar as exposições rochosas que seriam totalmente impossíveis de examinar de outra forma.

Os mosquetões, os freios e os capacetes específicos para escalada também entram nessa lista. Eles garantem que tudo fique seguro mesmo nas situações mais extremas.

Para ir além, um facão ou o podão pode ser útil para abrir as picadas na vegetação densa, que, aliás, é super comum nas regiões tropicais do Brasil.

Uma lâmina de aço carbono mantém o fio bem afiado mesmo depois de cortar muitos arbustos e cipós resistentes.

Da mesma forma, uma bainha, quando bem feita, fica presa ao cinto para manter a ferramenta bem acessível mas sem criar perigo durante as caminhadas longas.

Ainda é preciso contar com outros itens, como:

  • Botas de campo com solado antiderrapante
  • Proteção de tornozelo
  • Mochila grande e resistente
  • Cintos para peitoral e abdomem

Quais as melhores e mais úteis tecnologias para o trabalho de campo?

Atualmente, existem diversas tecnologias que transformaram completamente a forma como os geólogos trabalham em campo.

Esses equipamentos não substituem as ferramentas clássicas, mas agregam camadas de informação que eram impossíveis de obter há poucos anos.

As principais inovações tecnológicas incluem:

  • Drones com câmeras multiespectrais: capturam dados muito além do espectro visível ao olho humano, revelando assinaturas minerais específicas que guiam a exploração para áreas promissoras
  • Escâneres laser portáteis: criam nuvens de pontos tridimensionais com precisão milimétrica, registrando fraturas, dobras e estruturas para análise detalhada posterior
  • Espectrômetros portáteis de raios X: identificam minerais instantaneamente através de fluorescência, orientando decisões sobre coleta de amostras em tempo real

Os levantamentos aerofotogramétricos com drones geram modelos 3D extremamente detalhados de afloramentos que seriam praticamente impossíveis de mapear por métodos terrestres convencionais.

A tecnologia LiDAR complementa as fotografias tradicionais ao fornecer dados quantitativos precisos sobre a geometria das formações rochosas.

Esses equipamentos modernos permitem que os geólogos tomem decisões mais embasadas ainda durante o trabalho de campo.

Os resultados em tempo real dos espectrômetros, por exemplo, definem quais amostras realmente valem o esforço de coletar e transportar, e quais áreas merecem investigação mais aprofundada.

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